Tricolor repetiu fracasso de 2018 contra o mesmo time e foi eliminado de forma precoce |
Pouco mais de um mês depois das homenagens ao aniversário de 30 anos do inesquecível título brasileiro de 1988, o Bahia ‘celebrou’ na tarde deste sábado, 30, outro bicampeonato: o de vexames na Copa do Nordeste. Após a queda frente ao Sampaio Corrêa em plena Fonte Nova na decisão do ano passado, conseguiu se superar: contra o mesmo Sampaio, perdeu por 1 a 0 e acabou eliminado já na primeira fase desta edição do torneio.
Para avançar às quartas de final, o Tricolor precisava vencer em São Luís e torcer por ao menos um resultado que lhe ajudasse em outras três partidas. Um deles aconteceu, justamente o do seu arquirrival, que deu uma mãozinha ao segurar o Náutico com um empate por 1 a 1. Só que o Bahia não fez sua parte e, com o revés diante de um time que ainda não havia pontuado na Copa do Nordeste – duas semanas atrás, o Esquadrão tinha também ‘presenteado’ o Sergipe com seus únicos três pontos na competição – acabou na quinta colocação no Grupo B, que levava os quatro melhores times para a fase seguinte.
E o Tricolor também pode colocar na estante um troféu de latão por outro bicampeonato: o de eliminações precoces em dois dos mais importantes torneios deste primeiro semestre. Antes, em fevereiro, havia caído frente ao irrelevante Liverpool, do Uruguai, na Copa Sul-Americana.
Restam ao time a decisão do Campeonato Baiano e a Copa do Brasil, pela qual entra em campo na terça-feira, em Maceió, contra o CRB, no jogo de ida da terceira fase.
Bastante pressionado após a derrota para o Sergipe, o técnico Enderson Moreira havia ganhado fôlego graças a uma sequência de quatro triunfos, com 13 gols marcados e nenhum sofrido. O fracasso deste sábado, no entanto, volta a colocar-lhe a corda no pescoço.
Na coletiva após a partida, ao ser perguntado se temia uma eventual demissão, respondeu: “Não temo nada na vida. Saí do nada e cheguei até aqui, com muita dedicação e empenho. Tenho muita fé e coragem sempre. Sou profissional e vou cumprir meu contrato até que o clube ache que seja o momento de fazer uma troca. Faço meu melhor sempre”.
Em relação ao desempenho da equipe, o treinador foi sincero: “Esse talvez tenha sido o pior jogo do time sob meu comando, desde que cheguei aqui. Um jogo em que a gente não conseguiu produzir, a equipe foi muito abaixo daquilo que pode fazer. A gente lamenta muito”.
Uma tristeza
Enderson está certo. Foi, de fato, a pior atuação do Bahia em 2019. Uma tristeza. E, se não dá para questionar muito as decisões do técnico quanto à escalação ou às substituições durante a partida, é preciso dizer: ele não consegue motivar seus atletas para jogos importantes. Como ocorreu nos duelos com o Liverpool, houve apatia total.
O Esquadrão terminou o jogo sem dar nenhuma finalização no alvo. E, apesar de ter tido maior posse de bola (58%), ficou atrás, por exemplo, no número geral de conclusões à meta: 8 a 7.
A atuação no primeiro tempo foi muito ruim, com os chutes de fora da área de Élber, aos 10 minutos, e Gilberto, aos 34, como exceções em meio à completa falta de inspiração. Élber também perdeu a melhor chance do Bahia em todo o jogo aos 32, quando furou após cruzamento de Shaylon.
Aos 45 da etapa inicial, veio a obra-prima que decidiu a parada para o Sampaio. Cleitinho pegou uma sobra e, ainda no campo de defesa, mandou de cobertura para superar Anderson de maneira espetacular.
Na segunda etapa, o que já era ruim ficou ainda pior. As entradas de Eric Ramires, Fernandão e Artur mandaram o Tricolor para o fundo do poço. E não, nenhuma chance foi criada até o apito final. Ridículo, Bahia. E agora?
A TARDE
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