Companheiro de Romário e Ronaldo na seleção que disputaria a Copa do Mundo em 1998, Edmundo via de perto dois dos maiores jogadores da história em ação lado a lado. O Animal, no banco ao lado de Bebeto, era opção daquele time que acabaria com o vice-campeonato. Lesionado, Romário foi cortado antes da estreia, e Bebeto fez a dupla com o Fenômeno durante o Mundial. Na finalíssima, Edmundo estava escalado desde e convulsão de Ronaldo, mas ainda haveria tempo de se recuperar - ou pelo menos tentar - para jogar contra o time de Zidane.
Em conversa com o blog Pombo sem asa no último fim de semana, durante torneio de futevôlei Desafio das Estrelas, na Barra da Tijuca, Edmundo, hoje comentarista da Fox Sports, falou um pouco sobre a visão do futebol atual. Mas a pergunta que não queria calar estava parte no século passado. Afinal, quem jogou mais? Romário ou Ronaldo?
- Foi o Romário - disse Edmundo, sem pensar muito e sem explicar a sua preferência naquele com quem já travou cenas de grande amizade e enorme rivalidade durante a carreira.
Na quadra de futevôlei, Romário levou a melhor sobre o Animal, que, no entanto, mostrou estar em plena forma física e técnica, batendo a fera Djalminha uma rodada antes.
Edmundo falou ainda sobre futebol carioca, Palmeiras, a falta do drible no futebol atual e preferências que teve durante a carreira. Confira abaixo:
O futebol carioca está no nível que merece?
Os clubes cariocas são enormes e merecem uma projeção maior. Olhando de fora a gente percebe que quem se organiza tem mais poder de fogo. Acho que o caminho é esse. Se organizar e fazer o patrimônio crescer. Claro que para o Campeonato Carioca isso não é determinante, tanto que o Vasco é o mais desorganizado dos quatro grandes e é o atual bicampeão.
Como você vê o atual momento do Palmeiras?
O Palmeiras é o retrato de um clube organizado que bateu o pé para ter um patrocínio à altura do clube. Investiu em sócio-torcedor, em estádio e admnistra bem o patrimônio. É assim que os clubes crescem.
Você foi um grande driblador e provocador em campo. Por que é cada vez difícil ver jogadas plásticas?
Isso está na vida, na sociedade. A liberdade de expressão foi tolida. Você não pode mais brincar com um amigo na questão de cor, raça ou gênero. O futebol vai por esse caminho. Os treinadores temem perder os empregos e obrigam cada vez mais o pessoal da frente a marcar mais do que jogar. E isso a gente vê mesmo com a volta dos três atacantes. Talento nós temos, mas não há liberdade.
Para finalizar, respostas curtas:
O melhor companheiro que teve em campo: Evair
O melhor técnico: Antônio Lopes
A torcida mais inflamada: Vasco e Palmeiras.
Globoesporte